Órgãos de menino morto em Paulista são transplantados com sucesso

Órgãos doados pela família de Luiz Gustavo Marques da Rocha, 10 anos, que morreu na madrugada da quinta-feira, vítima de um tiro na nuca, foram transplantados nesta sexta-feira (4). O menino levou o tiro quando jogava videogame na casa do pai, em Paulista, Região Metropolitana do Recife.



Órgãos doados pela família de Luiz Gustavo Marques da Rocha, 10 anos, que morreu na madrugada da quinta-feira, vítima de um tiro na nuca, foram transplantados nesta sexta-feira (4). O menino levou o tiro quando jogava videogame na casa do pai, em Paulista, Região Metropolitana do Recife.



O ato de solidariedade dos parentes beneficiou, ainda na quinta-feira, uma jovem de 18 anos, que recebeu o fígado da criança. A cirurgia de Maria José Lúcia da Silva durou cerca de sete horas e meia e foi um sucesso, de acordo com a equipe médica.


O ato de amor da família de Luiz Gustavo ainda trouxe esperança para mais duas pessoas. Uma menina de doze anos e uma adolescente de 16 anos foram operadas à tarde, no Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (Imip), para receber os rins do menino. A mais jovem estava há quatro anos na fila de espera, enquanto a mais velha aguardava pela doação havia dois anos.


As córneas também foram doadas e estão sendo analisadas pelo Banco de Olhos de Pernambuco, para saber se podem ou não ser transplantadas e quais os pacientes da lista de espera podem recebê-las. O resultado dos exames deve sair na próxima segunda-feira (28).


Atualmente, 4.774 pessoas estão na lista de espera de transplante no estado. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de doações aumentou em 43%, mas ainda há muita gente esperando.


A expectativa dos médicos é de que o gesto de amor da família de Luiz Gustavo sensibilize outros doadores em potencial. “A equipe ficou até meio receosa de, num momento tão difícil que a família vivia, abordar para falar da doação, mas isso serviu de exemplo até para nós. Esperamos que sirva de estímulo para outras pessoas”, contou a coordenadora da Central de Transplantes, Cristina Menezes.

Da redação PE 360 Graus.