Uma das condições mais presentes na vida moderna, o estresse, quando não controlado, pode comprometer a saúde física, emocional e social. Para marcar o Dia de Combate ao Estresse, celebrado no dia 22 de setembro, a psicóloga do SESI Saúde Keila Silva chama atenção para a importância de reconhecer os sinais e adotar práticas que favoreçam o equilíbrio no dia a dia.
“Diferente da ansiedade, o estresse tem origem em fatores externos, sendo uma resposta natural do corpo e da mente a situações de pressão ou desafio. Ele pode até funcionar como um estado de alerta, mas quando se torna frequente e intenso, gera desgaste físico e emocional”, explica Keila, complementando que sintomas como tensão muscular, irritabilidade e cansaço excessivo são comuns, além de alterações no sono, apetite e produtividade.
Ela esclarece que o ritmo acelerado da vida atual é apontado como um dos grandes responsáveis pelo aumento dos níveis de estresse. “O uso excessivo de telas, redes sociais e a sobrecarga de informações criam um estado constante de urgência. As pressões do ambiente de trabalho, os desafios acadêmicos e até a rotina familiar, marcada pela falta de tempo de qualidade, também contribuem para esse cenário. Além disso, não podemos ignorar as dificuldades financeiras, que elevam a sensação de insegurança e preocupação com o futuro”, destaca a psicóloga do SESI Saúde.
Embora o estresse atinja diferentes grupos, Keila explica que alguns perfis são mais suscetíveis que outros. “Nos jovens, o estresse é comum em momentos, por exemplo, de preparação para vestibulares e concursos, assim como no início da vida profissional. Já nos adultos, áreas de trabalho com alta cobrança, como vendas, saúde e educação, apresentam maior incidência. Pessoas que conciliam várias responsabilidades, como estudo, trabalho e família, ou que vivem sob pressão constante por resultados, também estão mais vulneráveis”, reforça Keila.
Os impactos não ficam restritos ao corpo e à mente, mas afetam diretamente as relações interpessoais e profissionais. Isso porque, de acordo com a explicação da psicóloga, no trabalho, o estresse compromete a concentração, aumenta erros e reduz a produtividade. Já nas relações pessoais, ele gera irritabilidade, cansaço e menor disposição para interações saudáveis. “Pode causar conflitos familiares, distanciamento afetivo e isolamento social. Também é um fator de risco para hábitos prejudiciais, como má alimentação, excesso de telas e consumo de álcool”, alerta.
Para enfrentar esse desafio, Keila aponta que o caminho é investir em um estilo de vida equilibrado. “A prática de atividades físicas, uma alimentação saudável e uma rotina de sono adequada são fundamentais. Técnicas de respiração e meditação podem ajudar a reduzir a tensão. É importante também gerenciar o tempo, incluir momentos de lazer e buscar apoio social. Em casos de maior sobrecarga, a terapia psicológica é um recurso valioso”, orienta Keila.
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