Uma operação policial de combate a ligações clandestinas realizada esta semana na zona rural de Caruaru resultou no início da regularização do abastecimento de água na comunidade Gonçalves Ferreira, que estava sem receber água devido aos furtos, e na prisão de duas pessoas. Durante a ação da Compesa, articulada pela Coordenação de Segurança Patrimonial, foram identificadas e retiradas 33 ligações clandestinas ao longo de seis quilômetros da adutora que transporta água do Rio São Francisco para a localidade de Gonçalves Ferreira. A operação contou com apoio das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Fazenda, Vigilância Sanitária e Instituto de Criminalística.
O primeiro flagrante ocorreu na última segunda-feira (5) nas proximidades do Sítio Umburana. No local, foram apreendidos três conjuntos motobomba de alta potência que desviavam cerca de 1 milhão de litros de água por mês e destinavam o recurso para irrigação de capim, plantação de coqueiros, além de criação de gado e aves. O volume de água desviado seria suficiente para abastecer 100 residências durante todo o mês. O dono da propriedade foi preso em flagrante.
A segunda prisão ocorreu ontem (6) no bairro das Rendeiras (próximo à comunidade de Gonçalves Ferreira). Em um galpão, na travessa Major João Coelho, onde foi construída uma espécie de lago, dezenas de caminhões-pipa eram abastecidos de forma irregular. O proprietário do local também foi preso. Com essa operação, a expectativa da Compesa agora é normalizar a distribuição de água em todas as áreas da Gonçalves Ferreira até a próxima terça feira (13).
Todas as irregularidades encontradas durante a operação serão denunciadas também ao Ministério Público. Ao desviar água em ligações clandestinas, há infração do código penal: artigo 155 (furto) e artigo 265 (atentado ao funcionamento do serviço público de abastecimento de água), com penas previstas de um a cinco anos de reclusão e multas, que podem variar entre R$ 5 mil a R$ 50 mil reais. Além disso, o furto de água prejudica o abastecimento da população e também o funcionamento de equipamentos como hospitais, escolas, creches, asilos e órgãos públicos. Por isso, qualquer pessoa pode denunciar essa situação, de forma anônima, no site www.compesa.com.br, pela ouvidoria, ou no aplicativo da Compesa.
Fotos: Divulgação Compesa
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