Na manhã desta segunda-feira (26), a Prefeitura do Paulista realizou a segunda edição do projeto Àṣẹ Porã: Cidadania e Saúde nos Terreiros, desta vez no Terreiro das Palmeiras, localizado no Loteamento Conceição. O espaço é conduzido pela juremeira Tatiane Pereira.
Ao longo do dia, a comunidade teve acesso a uma série de serviços gratuitos, como atualização do CadÚnico, vacinação humana e de animais domésticos, emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA), carteira de identidade, auriculoterapia, atendimento de Direitos Humanos, entre outros atendimentos que visam promover saúde, bem-estar e cidadania.
A iniciativa é fruto de uma articulação conjunta entre a Secretaria de Desenvolvimento Social, Política sobre Drogas e Direitos Humanos, por meio da Superintendência de Direitos Humanos e da Diretoria de Políticas Públicas e Promoção da Igualdade Racial, e a Secretaria de Saúde, por meio da Superintendência de Políticas Estratégicas e da Coordenação de Saúde da População Negra. A ação também contou com o apoio e a fiscalização do Conselho Municipal de Política e Promoção da Igualdade Racial (CMPPIR/Paulista).
O diretor de Políticas Públicas e Promoção da Igualdade Racial, Raffa Santos, destacou que essas ações são fundamentais para garantir o fortalecimento das políticas públicas, o acesso à saúde e aos direitos sociais nos territórios de matriz afroindígena.
"Levar serviços essenciais aos terreiros reafirma o compromisso da gestão municipal com o respeito à diversidade religiosa e com o combate à intolerância, valorizando esses espaços como centros de acolhimento, cultura, resistência e cuidado coletivo", ressaltou.
Para o superintendente de Direitos Humanos do Paulista, Kléber Pyrrho, a iniciativa representa mais do que uma prestação de serviços: é um ato de reconhecimento e respeito às comunidades tradicionais. "Essa ação vai muito além da oferta de serviços. Ela representa um passo concreto na valorização dos terreiros como espaços de construção social, espiritual e cultural. É uma política pública que escuta, acolhe e promove a cidadania de forma efetiva", afirmou o superintendente.
A coordenadora de Saúde da População Negra, Andréa Melo, também destacou a importância da ação como estratégia de promoção da equidade em saúde. "Levar os serviços de saúde até os terreiros é fundamental para romper barreiras históricas de acesso. É uma forma de reconhecer que as populações de matriz africana enfrentam desigualdades no cuidado e, por isso, é necessário que o SUS esteja presente nesses territórios, acolhendo, cuidando e promovendo saúde com respeito às suas especificidades”, enfatizou Andréa.
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