O encanador Jonathas Gomes da Silva foi preso em flagrante, na tarde dessa terça-feira (14), ao se passar por um funcionário terceirizado da Compesa e pedir dinheiro para não efetuar o corte no fornecimento de água de um condomínio no bairro da Boa Vista, na área central do Recife, pelo débito que este devia. Ele foi autuado por tentativa de estelionato e falsificação do selo ou sinal público e encaminhado ao Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça. Essa história poderia ter tido outro desfecho caso o síndico não tivesse desconfiado e entrado em contato com a companhia, com quem já estava negociando a dívida.
“Alertamos nossos clientes que a Compesa não realiza cobrança com recebimento a domicílio, uma vez que os procedimentos para recebimento dos serviços prestados são realizados através da rede bancária e da nossa rede credenciada de arrecadação. Caso ocorra ou tenha ocorrido fato semelhante, orientamos que procurem a companhia e denunciem, para que a situação seja apurada”, destacou o diretor de Mercado e Atendimento da companhia, Rômulo Aurélio de Souza.
No momento do flagrante, Jonathas usava uma blusa com símbolos da companhia, crachá e portava serras e vários objetos para efetuar o corte do abastecimento, além de um carimbo falso em nome da Compesa. “Pelo fato dele já ter sido leiturista, conhecia como funcionava o procedimento do corte e religação da água. Ele utilizava esse conhecimento prévio para se passar por funcionário prestador de serviços da companhia, enganando as vítimas”, explicou o delegado da Polícia Civil, Fernando de Souza. A polícia vai investigar como ele obtinha as informações de clientes inadimplentes para identificar apoios ou possíveis colaboradores. Se condenado, o tempo de reclusão pelo crime de estelionato varia de 1 a 5 anos, enquanto que a pena por falsificação de selo ou sinal público vai de 2 a 6 anos.
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