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7 de abril de 2013

Edílson Silva quer uma cadeira na Alepe em 2014


Após disputar a eleição para vereador do Recife, ter obtido o terceiro maior de votos e, mesmo assim, não conseguiu se eleger, por conta da atual legislação eleitoral, o presidente estadual do PSOL, Edilson Silva, afirmou que, em 2014, vai concorrer a uma das cadeiras na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O dirigente informou que a intenção do partido e articular outras candidaturas à Casa de Joaquim Nabuco, com vistas em fortalecer a legenda no Estado. Inicialmente, Edilson acredita que a sigla concorrerá sem formar a alianças, o que poderá atrapalhar os planos dos psolistas, por conta do coeficiente eleitoral. No cenário nacional, o dirigente aponta o senador Randolfe Rodrigues (AP) como o quadro mais preparado para encarrar a corrida pelo Palácio do Planalto, no próximo ano.


Como presidente do PSOL, um partido sem tantos recursos, como o senhor trabalha para organizar, em todo o Estado, o partido para a eleição do próximo ano?
Nós estamos fazendo um esforço muito grande para reorganizar o partido para as eleições do ano que vem. É lógico que o nosso partido não vive de eleição. A gente está atuando em uma série de segmentos, de áreas, e isso acontece em todo o Estado. Se você for ao Sertão Araripe, a gente está lá dinamizando a luta dos sem-terra, dos sem-teto, dos professores. Se você for para o Sertão do São Francisco, a mesma coisa. No Sertão do Pajeú, a gente tem trabalho com o sindicato, gente que tem atuação junto ao movimento social, junto a ONGs. Hoje, praticamente em todos os sertões a gente tem trabalho. São Francisco, Araripe, Central, Moxotó, Pajeú Alto e Baixo, todos eles a gente tem trabalho. E a gente está viajando muito. Nós vamos fechar agora em abril a primeira parte do nosso planejamento, com o partido minimamente organizado em cinquenta municípios.

O PSOL já tem uma chapa proporcional pré-montada?
Nós temos até outubro para montar nossa chapa. Estamos trabalhando. A gente não está com foco em federal. A gente acha que é mais factível procurar fortalecer uma chapa de deputado estadual. Eu serei candidato a deputado estadual, e nós estamos dialogando com os nossos quadros, os nossos companheiros que foram candidatos a prefeito nos vários municípios para que sejam candidato a estadual para, assim, buscar pelo menos duas cadeiras na Assembleia Legislativa.

Essa conta ela passa por uma possibilidade de coligação?
Eu vejo poucas possibilidades de uma coligação aqui. Eu não vejo o PSOL, do ponto de vista ideológico e do ponto de vista da nossa proposta, estar aliado a algum palanque que se desenham atualmente.

Nacionalmente, como o PSOL tem trabalhado na preparação para a eleição do próximo ano? Houve avanços sobre quem poderá disputar a Presidência da República pelo partido?
Nós definimos que esse processo será deflagrado no PSOL agora no segundo semestre de 2013. Então, no final de novembro, nós já devemos estar com o nome do pré-candidato à Presidência da República. Temos vários nomes colocados. Tem a Luciana Genro, tem o nome do Chico Alencar, que é deputado federal. Mas o nome mais cotado é o nome do senador Randolfe Rodrigues, do Amapá.

A participação dele, como principal antagonista à recondução do peemedebista Renan Calheiros à presidência do Senado pode ser determinante para a escolha do seu nome?
Com certeza. O Randolfe está fazendo um mandato muito bom. É um mandato acima da média para um primeiro mandato. Ele nunca teve um mandato federal. Foi deputado estadual no Amapá. Mas tem se mostrado um contraponto importante lá no Congresso em relação aos temas centrais da política brasileira. No debate do Código Florestal é um exemplo. Nessa questão de questionar a recondução do Renan Calheiros, então óbvio que isso vai catalisando uma imagem dele, em nível nacional, como uma alternativa a essa velha política.

Mas ele também já foi alvo de denúncias. Foi acusado de ter recebido, um “mensalinho” lá no Amapá. Como é que ficou essa história? Está totalmente esclarecida para vocês?
Foi totalmente esclarecida. O próprio Randolfe apresentou cópias de cheques. Então, é um processo que já passou, que já foi exaurido lá no Amapá. Com um posicionamento, inclusive, do Ministério Público. Isso é, na realidade, uma revanche, uma retaliação do Renan Calheiros, que esse é o modus operandi dele. Faz dossiê das pessoas que estão ao lado dele, dos aliados e dos adversários para poder tentar manipular.

Via Folha de Pernambuco

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