Com o propósito de apresentar à população a narrativa da história de Jesus Cristo, grupos de teatro, bem como amadores, realizam espetáculos em vários pontos do Estado. As encenações ocorrem dos mais diversos modos e locais. Seja em um palco fixo, numa praça ou em um espaço menor, não importa. O desejo dos atores é, de fato, relembrar os acontecimentos desde o momento em que Jesus chega à Galileia, sendo recebido pela população que segurava ramos de oliveira, até a hora da crucificação, morte e ressurreição de Cristo.
Encenada desde 1987, a Paixão de Cristo de Jardim Paulista, no município de Paulista, tornou-se o maior evento da cidade no período pascal. Hoje, após ter passado pela direção de diversos organizadores, está sob o comando do diretor Washington Machado. O jovem de 22 anos, que também atua no espetáculo, chama atenção para o objetivo de inovar, anualmente, nas apresentações. “Todo ano a gente busca uma autenticidade, algo diferente. Este ano vamos trabalhar com a estética da crueldade”, relatou.
A Paixão de Cristo de Jardim Paulista é responsável por um público de quatro a cinco mil pessoas, diariamente. Os organizadores possuem uma vertente social como proposta. “A gente pede que as pessoas levem alimentos, roupas e brinquedos, para doarmos a instituições”, disse Washington. O espetáculo também é levado para hospitais e comunidades a fim de transmitir uma mensagem altruísta a todos que não têm condições de comparecer à Praça da Encenação.
Com 70 atores no elenco, além dos figurantes, o espetáculo demanda um considerável custo financeiro. “A Prefeitura de Paulista e a EMPETUR nos patrocina. Eles dão uma grande contribuição. Os moradores do bairro e comerciantes também nos ajudam”, disse Washington. Nas oficinas e ensaios do grupo teatral, a história de Jesus Cristo é estudada, de modo que os atores possam, além de atuar, ter conhecimento sobre o que estão transmitindo ao público. “A gente bate nessa tecla. Pedimos para que o elenco pesquise sobre a história e sobre o que os personagens representavam para a sociedade na época”, explicou.
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